Promoção de Natal

15 de dez. de 2011

Soneto do Amigo - Vinicius de Moraes


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado. 

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo. 

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano. 

O amigo: um ser que a vida não explica 
Que só se vai ao ver outro nascer 
E o espelho de minha alma multiplica...

12 de dez. de 2011

Mario Quintana

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... 
Um dia nós percebemos que as mulheres que têm instinto "caçador" fazem qualquer homem sofrer... 
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... 
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... 
Um dia percebemos que o comum não nos atrai... 
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... 
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... 
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." 
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... 
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí poderá ser tarde demais... 
Enfim... 
Um dia descobrimos que, apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, 
para beijarmos todas as bocas que nos atraem, 
para dizer tudo o que tem de ser dito... 
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida, ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras... 
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

A Sacerdotisa Yana e o Capitão Rodrigo

Capa do livro "Herança da Paixão", de Shannon Drake
Minha'lma de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver, pois que tu és já toda a minha vida

Não vejo nada assim, enlouquecida
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser, a mesma história tantas vezes lida

Tudo no mundo é frágil, tudo passa
Quando te digo isso, toda a graça
De tua boca bonita fala em mim, de olhos postos em ti, digo de rastro

Podem voar mundos, mover astros
Que tu és como um deus, princípio e fim."

Florbela Espanca